sábado, 29 de maio de 2010

Escravidão moderna


"Um estado totalitário verdadeiramente «eficiente» será aquele em que o todo-poderoso comité executivo dos chefes políticos e o seu exército de directores terá o controlo de uma população de escravos que será inútil constranger, pois todos eles terão amor à sua servidão. Fazer com que eles a amem, tal será a tarefa, atribuída aos ministérios de propaganda. Os maiores triunfos, em matéria de propaganda, foram conseguidos não com fazer qualquer coisa, mas com a abstenção de a fazer. Grande é a verdade, mas maior ainda, do ponto de vista prático, é o silêncio a respeito da verdade. Abstendo-se simplesmente de mencionar alguns assuntos, baixando aquilo a que o senhor Churchill chama uma «cortina de ferro» entre as massas e certos factos que os chefes políticos locais consideram como indesejáveis, os propagandistas têm influenciado a opinião de uma maneira bastante mais eficaz do que teriam podido fazê-lo por meio de denúncias eloquentes ou das mais convincentes e lógicas refutações."
-Aldous Huxley in prefácio do autor ao livro "Admirável Mundo Novo"

Não seremos nós escravos do dinheiro e dos mestres que o regem com uma batuta omnipotente, do topo das instituições bancárias? E não amamos nós essa escravidão, com a alegria de quem compra um telemóvel ou um carro novo, enquanto olhamos com pesar supérfluo para as maleitas que há no Mundo?
"É a «natureza humana»!" - dizem-me tantas vezes. E eu, resignado, lanço um suspiro, olho para o chão e, sob o mando do mestre da batuta, volto para o meu emprego tão mal pago.


domingo, 23 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010